Colégio Martin Luther

28 out

CML realiza projeto sobre imigração haitiana em Estrela

O Colégio Martin Luther sempre preocupado com as questões sociais, políticas e econômicas que estão ocorrendo no mundo, provocou os alunos dos primeiros anos do ensino médio a refletir sobre a crise humanitária que estamos vivendo, a partir do contexto local.

Dessa forma, os estudantes, com apoio dos professores da área das humanas, estão realizando um projeto que objetiva entender a migração haitiana para o Brasil, bem como se aproximar dessa cultura para buscar um convívio social mais democrático entre estes imigrantes que vivem em Estrela.

O objetivo do projeto é verificar no cotidiano do município e a relação desses grupos (haitianos e estrelenses) no que diz respeito a sua cultura e à aproximação de suas alteridades, desnaturalizando a visão que existe entre estas diferenças e buscar construir uma relação mais aberta, pluralizando cada vez mais o respeito e os saberes entre os mesmos.

Assim, os estudantes receberam no CML imigrantes haitianos que vivem na cidade e também em municípios vizinhos, para que eles pudessem conversar sobre a vida social que tinham no Haiti, e a vida social que vêm tendo no Brasil, mais precisamente no Vale do Taquari.

Dentro das falas que se sucederam, os dois grupos exaltaram de forma diferente a receptividade pela qual foram recebidos na região e as dificuldades de viver longe de suas culturas, tendo que se adaptar a uma nova realidade, longe de suas raízes e familiares que deixaram para trás em busca de um futuro melhor. Também conversaram sobre as questões sociais, política e econômica do mundo haitiano, que se agravaram muito, principalmente em decorrência do terremoto que atingiu o país no ano de 2010. Dentro dos relatos deixados pelos haitianos sobre o nosso país um chamou bastante atenção, e que se refere à questão do xenofobismo no Brasil: “dentre os países sul americanos que já vivi, este é o que mais tem preconceito, no meu ponto de vista” (Withener Sanon)

O CML cumpriu mais uma vez seu papel social, que é o de abrir espaços democráticos para que se possa cada vez mais, entender e melhorar o mundo no qual estamos vivendo, a partir do diálogo e da aproximação, buscando desnaturalizar pensamentos e atitudes que muitas vezes destroem o convívio social e aceleram ainda mais o individualismo e a descriminação entre as pessoas.